EDUCAÇÃO

Manter o aluno mais tempo na escola não resolve qualidade
Ministro da Educação pretende aumentar dias letivos

Passados alguns dias da publicação do resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), quando a fogueira das vaidades entre as escolas particulares está mais contida, com justificativas toscas para um desempenho pior ou melhor desta ou daquela região, é hora de olhar para o principal – o ensino que tem sido oferecido a maior parte da população brasileira – o público.
As diferenças são gritantes entre um setor e outro. Em matemática, as instituições públicas estão mais de 90 pontos atrás das privadas. Dado que vem reforçar o que se sabe – a ineficiência da escolarização básica. As questões de matemática solicitadas na prova envolvem mais raciocínio lógico e serve como indicador do desenvolvimento da capacidade de pensar de nossos alunos. Mais que um conhecimento específico, a prova exige que se pense sobre um problema, estabelecendo relações entre suas partes.
Essa capacidade vai sendo construída pela criança em suas ações no mundo e é incrementada com a sua vivência escolar, onde sua construção deve ser organizada e seu desenvolvimento estimulado. O aluno da escola pública anda se desenvolvendo menos.
Há sim um problema nesse setor, não se pode negar. O que se pretende é melhorar seu nível com a ampliação do número de horas aulas – aumentando os dias letivos e o tempo que o aluno permanece na escola. O ministro Fernando Hadad considera esse um fator importante. De certo modo é. Quanto mais tempo se estuda maior é a chance de se aprender. Simples? Nem tanto.
As coisas não se dão de forma mágica. Passar um tempo razoável na escola é importante, desde que seja oferecido ao aluno oportunidades de aprender e se desenvolver. Não parece ser o fator quantidade de tempo o problema do ensino público.
Não é de hoje que ele vem andando mal das pernas. O nível de escolaridade dos alunos é baixo, muito baixo. É comum, após anos frequentando a escola, encontrarmos estudantes que mal sabem ler ou escrever. Algo que alunos do segundo ou terceiro ano do ensino fundamental da rede particular já conseguem fazer com certa desenvoltura. Muitos terminam esse ciclo – nove anos – sem conseguir compreender um texto lido.
Certamente não é só a questão do tempo. Há vários problemas a serem resolvidos, sendo o principal questões envolvendo o professor. A desvalorização do professor dentro e fora do sistema de ensino é algo claro – além de ganharem pouco e terem condições ruins de trabalho, são pouco respeitados pelos alunos e suas famílias. Ora, se nem o governo valoriza o professor, que dirá o aluno.
O papel do professor é fundamental e é urgente que ele tenha salários condizentes com sua responsabilidade e obrigações. Responsabilidade de formar pessoas e obrigação de se atualizar e estudar. Sempre.
Como ocorre com os professores de instituições privadas. Eles têm que realmente dar conta do recado, caso contrário, estão fora. Com o diferencial de que seus salários possibilitam isso. A instituição cobra do corpo docente, mas oferece condições para isso. Nem dá para cobrar do professor atualização se ele não tem como investir em si próprio.
Além do mais, há um certo conforto, sem grandes cobranças – a maioria deles é concursada e tem estabilidade no emprego. Que é outro grande problema do funcionalismo público em suas diferentes áreas. De que adianta passar mais tempo na escola sem um projeto possível de ser aplicado e professores pouco envolvidos com seu trabalho?
O ministro da educação lembrou outro aspecto que interfere na diferença da qualidade entre os setores público e privado, o investimento financeiro. Fator de suma importância. Mas fica a dúvida – falta dinheiro ou falta usá-lo adequadamente? O Brasil não é um país pobre de dinheiro. É pobre de espírito. Infelizmente não interessa investir em educação.
Os aluno não precisam de mais tempo na escola. Eles necessitam de mais qualidade de ensino e seriedade dos profissionais envolvidos com a educação. O que acontece é que uns fazem que ensinam e outros que aprendem. E todos ficam se iludindo até a chegada do próximo Enem.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)

Fonte: g1 - opinião


HISTÓRIA EM SALA DE AULA

Investigação e crítica: ferramentas essenciais para apresentar a História aos alunos.

A criança inicia seus primeiros anos de vida escolar, se alfabetiza e já na primeira fase do ensino fundamental começa a debater os primeiros temas de natureza histórica. Mesmo com a pouca idade, inicia o debate com um conceito um pouco distante: o passado. Isso não quer dizer que as experiências já vividas não fazem parte do seu cotidiano, pois desde muito cedo acumula suas primeiras lembranças pessoais e familiares.

No entanto, conforme boa parte desse público reclama, falar sobre um tempo em que “a gente nem era nascido” causa certa estranheza ao aluno. O tão indispensável exemplo concreto, fundamental para as primeiras etapas da educação, parece não ter aplicação para os assuntos de natureza histórica. Essa visão chega a ser partilhada com o próprio educador que, muitas vezes, ainda faz parte de uma geração que aprendeu que a História é a matéria onde decoramos datas e guardamos os grandes feitos das grandes personagens do passado.

Até aqui tudo parece vazio, a História vira sinônimo de “decoreba”, uma verdadeira disciplina de enciclopédia. No entanto, pais e educadores às vezes não têm contato com outras perspectivas que tragam resposta aos problemas expostos. No fim, não conseguem uma resposta convincente para justificar para a criança qual a “real” importância de se estudar o passado. Quando muito, apelam para os argumentos de natureza nacionalista ou futurologista. O primeiro evoca a importância de sabermos a História do nosso país, e o segundo repete o velho bordão: “Devemos conhecer o passado, para entendermos o presente e melhorarmos o futuro.”.

Pensando uma segunda vez, sabemos que nenhuma dessas desculpas funciona. As crianças não pensam cotidianamente sobre o contexto histórico do país e, muito menos desconfiam de como algo antigo pode resolver os problemas de um tempo futuro que não lhe desperta a mínima preocupação. Por isso, devemos subordinar o ensino de História às crianças e não o contrário. A História deve estar relacionada com as coisas do presente, ao cotidiano que tanto interessa ao aluno. Dessa forma, devemos mostrar para o aluno como a História se faz presente aqui e agora.

Ao falarmos das culturas que nos cercam, das expressões usadas cotidianamente ou sobre os mínimos hábitos familiares podemos sentir o sabor do passado. As esferas mais próximas do mundo da criança devem sem privilegiadas como fontes ricas de conhecimento. A construção de uma árvore genealógica, o contato com imagens dos antepassados, a origem de determinados nomes e expressões contemporâneas são fontes que atraem o olhar infantil aos objetos históricos.

Em parceria com esse trabalho de investigação do seu próprio passado, o aluno deve ser desde sempre estimulado à crítica do mesmo. O passado não lhe dirá nada caso o seu novo aprendiz não seja motivado a questionar sobre o mesmo. Por isso, a opinião e a produção de textos autorais são chaves fundamentais na elaboração de um aprendizado mais estimulante. São muitas as formas e propostas para tal empreendimento, por isso, estejamos atentos às formas que o passado pode ser apresentado ao dia-a-dia dos novos historiadores.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola


Fonte: educador.brasilescola


A importância da boa postura profissional

Em meio à convivência proferida no ambiente escolar, salienta-se, de forma inegável, o fato de que o professor é concebido como um referencial para seus alunos. Obviamente que tal concepção tanto pode ser contemplada de forma positiva, quanto negativa.

Tendo em vista que o educador, teoricamente, deve ser o centro das atenções, o mesmo torna-se alvo de constantes avaliações. E tal afirmativa funde-se com a importância a que se deve à constante vigilância no que se concerne à imagem pessoal, uma vez que esta reflete diretamente no bom profissionalismo.

Muitas vezes, atitudes dizem mais do que qualquer discurso, daí a necessidade de as mesmas serem proferidas mediante a uma postura correta e coerente, partindo do pressuposto de que o respeito, a justiça e a moral são elementos primordiais inerentes à conduta cotidiana ética, referente a todo ser humano.

O referencial anteriormente mencionado muitas vezes é atribuído em consonância com o surgimento de possíveis obstáculos, dentre os quais, o posicionamento adotado pelo educador é automaticamente contestado ou aplaudido por parte dos educandos.

Com base nestes postulados, ressalta-se a importância de o educador repensar constantemente suas práticas pedagógicas, procurando aprimorá-las sempre que necessário. Bons exemplos, confiança e autoridade são virtudes conquistadas de acordo com o decorrer da convivência.

Ao assumir uma postura profissional adequada, o educador deverá se ater à importância de se instaurar um clima de reciprocidade, principalmente no que se refere ao respeito. Sendo assim, tal possibilidade se concretizará efetivamente, tendo ele como principal agente de todo o processo.

Primeiramente, antes de conquistar o respeito, é necessário se dar ao respeito, e certas atitudes acabam comprometendo os objetivos propostos. Portanto, algumas medidas tendem a colaborar para que os mesmos sejam concretizados de forma plausível. Entre elas destacam-se:
Evitar que sejam proferidas palavras de baixo calão no ambiente de sala de aula, pois tal atitude denota falta de respeito para com os alunos;

Saber contornar de forma autônoma e dinâmica os possíveis obstáculos provenientes das relações interpessoais, bem como dos resultados advindos do processo de ensino-aprendizagem;

Procurar cumprir com os prazos preestabelecidos quanto à entrega de resultados referentes a trabalhos, avaliações, seminários e outras atividades extraclasse. Posturas como estas conferem confiabilidade.

Cumprir com regras previamente estabelecidas, seja de forma coletiva ou individual, uma vez que a atitude mantém o instinto de autoridade, fato indispensável na preservação do instinto de liderança.


Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola


Fonte: educador.brasilescola


MEC desiste de aumento de número de dias letivos por ano


A secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, anunciou nesta quinta-feira (20) pelo Twitter que o MEC (Ministério da Educação) desistiu da proposta de aumentar de 200 para 220 o número de dias letivos por ano. O "consenso", segundo ela, é "aumentar a carga horária" diária.
De acordo com Maria do Pilar, o texto a ser encaminhado para o Congresso vai propor o aumento na carga horária. Ela citou o exemplo do programa Mais Educação, que permite que escolas tenham até sete horas por dia de aula, mas disse que, a princípio, "podemos começar com 5 h/dia, no mínimo, para todas [as escolas]".
"Apos reunião no MEC no dia 18/10, com professores, alunos, gestores, parlamentares, pesquisadores, ficou claro que não teremos aumento dos dias letivos de 200 para 220. O consenso é aumentar a carga horária diária, e o Legislativo receberá a proposta consensuada nesta reunião e assumida pelo MEC", afirmou a secretária na rede social.

Aprendizado

Um estudo apresentado pelo próprio ministério, em setembro, mostrou que um aumento de dez dias no ano letivo poderia elevar o aprendizado do aluno em até 44% no período de um ano. No entanto, um dos problemas para o eventual aumento no número de dias seria a atual estrutura física das escolas do país.

Fonte: noticias.uol

 Charge Pedagógica

 Para os professores , que já não sabem mais o que fazer para agradar ! ... Para quem não leciona mas tem um olhar que passa pela educação brasileira...
Seria cômico se não fosse trágico, mas é isso aí...
Pode clicar que é seguro.
 Veja a charge e aprendam como podemos fazer certo, pois a educação tem jeito. Nós é que não aprendemos.

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